PISO SALARIAL NA EDUCAÇÃO
Juventude Comunista Revolucionária - JCR, é fruto da necessidade dos jovens, do Brasil e do mundo, construírem um mundo habitável para todos.
sábado, 29 de abril de 2023
PISO SALARIAL NA EDUCAÇÃO * Juventude Comunista Revolucionária / JCR
sexta-feira, 28 de abril de 2023
Autoridades discutem como aprimorar escolha e a formação dos gestores * Juventude Comunista Revolucionária/JCR
quinta-feira, 20 de abril de 2023
Violência nas escolas * Sepe Costa Litorânea.RJ
terça-feira, 18 de abril de 2023
TWITTER É UMA INCUBADORA DE MASSACRES EM ESCOLAS * João Filho/The Intercept
TWITTER É UMA INCUBADORA DE MASSACRES EM ESCOLAS
Rede social de Elon Musk chegou a negar um pedido do governo brasileiro para remover conteúdos que celebram ataques no país.
https://www.intercept.com.br/2023/04/15/twitter-e-uma-incubadora-de-massacres-em-escolas/
Por João Filho, em 15/04/2023, no The Intercept Brasil
NAS ÚLTIMAS SEMANAS, escolas no Brasil país foram invadidas por alunos armados dispostos a matar professores e outros alunos. O primeiro ataque mais recente aconteceu em São Paulo, quando um adolescente matou uma professora a facadas e feriu outras cinco pessoas. A partir daí, uma série de outros eventos semelhantes pipocaram pelo país, criando uma onda de pânico entre alunos, pais e professores.
O vale-tudo das redes sociais fez com que elas virassem incubadoras de novos ataques. Textos, fotos e vídeos celebrando os acontecimentos e glorificando seus autores circulam livremente. O adolescente responsável pelo primeiro ataque deste ano, por exemplo, adotou em seu perfil no Twitter o mesmo sobrenome do autor do massacre de Suzano para homenageá-lo. Ataques inspiram novos e o efeito bola de neve se torna inevitável, como vimos nas últimas semanas.
Para tentar conter essa crise, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se reuniu com as redes sociais para pedir a remoção de conteúdos violentos que inspiram novos massacres. O Twitter foi a única empresa a se recusar a retirar as postagens do ar. A justificativa não poderia ser mais estapafúrdia : esse tipo de conteúdo não fere os termos de uso da empresa.
Essa afronta ao pedido do governo está escorada na estúpida defesa da liberdade de expressão ilimitada. Ao defender que essas práticas criminosas não violam seus termos de uso, o Twitter admite, ainda que indiretamente, que está acima das leis. A liberdade de expressão é um valor sagrado para as democracias, mas de uns anos pra cá alguns imbecis passaram a confundi-la com liberdade para cometer crimes. A recusa do Twitter em apagar conteúdos que propagam massacres levou a tara pela liberdade de expressão absoluta ao fundo do poço moral. Não dá pra descer mais que isso.
O ministro saiu da reunião disposto a pedir a derrubada do Twitter. A empresa, então, decidiu recuar e removeu os 511 perfis indicados pelo governo que fazem apologia dos ataques nas escolas. Na quarta, o Ministério da Justiça editou uma portaria para regulamentar a ação das redes sociais em relação à publicação de conteúdos violentos. A medida prevê sanções contra as empresas que se omitirem, incluindo até mesmo a suspensão de suas atividades no país.
A recusa do Twitter em apagar conteúdos que propagam massacres levou a tara pela liberdade de expressão absoluta ao fundo do poço moral.
Os guerreirinhos da liberdade de expressão de sempre passaram a gritar contra a medida. No dia seguinte à criação da portaria, deputados federais do partido Novo apresentaram um projeto para suspendê-la. O partido tem defendido as Big Techs em todas as oportunidades. Junto do PL, partido de Bolsonaro, o Novo está na linha de frente do combate ao PL das Fake News, que visa responsabilizar civilmente as plataformas que se omitirem diante de mentiras que propaguem incitação a crimes. Os partidos de extrema direita defendem o vale-tudo nas redes usando a defesa da liberdade de expressão como escudo.
Não foi à toa que o governo de Bolsonaro comemorou a compra do Twitter por Elon Musk. O bilionário é um agente da extrema direita internacional que defende abertamente golpes de estado. “Vamos golpear quem quisermos. Lide com isso!”, disse ele em resposta a um tweet que apontava uma possível participação dos EUA no último golpe na Bolívia. Assim como bolsonaristas, Musk defende a liberdade de expressão irrestrita, mas ataca a imprensa quando é questionado e remove conteúdos que lhe desagradam. Nesta semana, após a recusa do Twitter em ajudar o governo, a hashtag “Twitter apoia massacres” chegou a ficar entre os assuntos mais comentados, mas foi retirada do ar rapidamente. Ou seja, a empresa faz corpo mole para retirar conteúdos que propagam violência nas escolas, mas age com eficiência para retirar conteúdos críticos à ela. A liberdade de expressão da extrema direita é irrestrita, pero no mucho.
A gritaria em torno da portaria do governo não faz sentido. Ela é fruto de uma emergência e está delimitada a combater conteúdos que anunciam os ataques às escolas, glorificam os autores desses massacres e espalham boatos sobre novos ataques. O intuito do governo é conter a epidemia de ataques e o pânico nas escolas. A medida é bem específica e não há nada nela que interfira na liberdade de expressão do cidadão comum.
Os partidos de extrema direita defendem o vale-tudo nas redes usando a defesa da liberdade de expressão como escudo.
Na Alemanha, o Twitter está sendo processado pelo governo por se omitir em relação aos crimes da extrema direita. A empresa se recusou a remover conteúdos que promovem discursos racistas, antissemitas, apologia ao nazismo e ameaças de ataques. Segundo o ministro da Justiça alemão, conteúdos ilegais publicados no Twitter não foram excluídos dentro dos prazos estipulados pela lei. “A internet não é um vácuo legal”, afirmou o ministro ao justificar a multa que pode chegar a R$ 273 milhões.
Esse enfrentamento dos países às empresas irresponsáveis é um bom sinal. Já passou da hora dos governos comprometidos com a democracia começarem a enfrentar as Big Techs.
https://www.intercept.com.br/2023/04/15/twitter-e-uma-incubadora-de-massacres-em-escolas/
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MERENDA ESCOLAR
segunda-feira, 17 de abril de 2023
20.04 SOS COMUNIDADE ESCOLAR * Juventude Comunista Revolucionária/JCR
20.04 SOS COMUNIDADE ESCOLAR
Que tal partir da gente, como pais, um dia de compaixão, amor e gratidão nas escolas do Brasil? E que tal o dia 20 de abril, próxima quinta-feira?
Cada criança leva uma flor, um bombom, um cartão, um abraço para ser distribuído entre professores, colegas, coordenação, direção, toda a equipe de limpeza.
Precisamos mudar o foco para um movimento positivo e construtivo. Vamos produzir momentos para compartilhar o bem, dentro e fora do colégio. Cada um compartilha aí uma frase pelo que é grato dentro do ambiente escolar. Lembre-se da época em que era criança, adolescente dentro de uma instituição de ensino.
Vamos viralizar esse post e também o sentimento de compaixão!
Dia 20.04.2023, próxima quinta, compartilhe o bem dentro e fora do colégio!
A psicóloga e autora do livro “Socorro, tenho filhos” Carol Bitar dá orientações de como conversar com as crianças diante das ameaças de violência ...
14/04/2023 12h20Atualizada há 3 dias
Por: RedaçãoFonte: Agência Dino
Acontecimentos recentes de ataques e ameaças em escolas têm deixado muitos pais e profissionais da educação bastante apavorados. E apesar de medidas preventivas estarem sendo adotadas em inúmeras instituições de ensino, muitos pais estão se sentindo inseguros e sem saber como abordar esse tema com os próprios filhos.
Episódios de violência ou tragédias são assuntos difíceis de serem abordados com crianças, podem também causar ansiedade e medo nos filhos de permanecerem nas escolas que deveriam ser consideradas ambiente seguro para eles.
Carol Bitar, psicóloga e também autora do livro “Socorro, tenho filhos”, explica que o medo e a ansiedade são emoções naturais e importantes para nossa sobrevivência, porém quando são sentidas de maneira intensa e frequente podem gerar inúmeros prejuízos, inclusive o adoecimento mental na própria infância.
“Em razão desses trágicos episódios de violência em escolas, precisamos ter muito cuidado de como vamos orientar nossos filhos sem criar pânico e receio de permanecer nas instituições de ensino, para que este ambiente continue sendo um lugar saudável e acolhedor.”
Falar ou não sobre os ataques?
Segundo Carol, vai depender da idade e perfil da criança, e ela diz: “Primeiro temos que avaliar qual o objetivo de transmitir essa notícia para criança. É para alertar? Para ensinar estratégias de proteção em situações de risco? Não precisamos compartilhar notícias de violência sem ter uma real finalidade, isso pode gerar medo intenso nas crianças e quebrar a confiança de que a escola é um lugar seguro de ficar.”
A psicóloga destaca que crianças a partir dos 4 anos já começam a entender alguns acontecimentos, então é interessante os pais ficarem atentos se elas já tiveram acesso a algum conteúdo de notícias a respeito dos casos. Se sim, é interessante conversar com seu filho e entender o que a criança compreendeu sobre o fato, o que ele está pensando sobre isso, como ele está se sentindo e em seguida acalmá-lo para não gerar pânico ou emoções mais intensas.
E o cuidado tem que ser mais ainda se a criança já apresenta algum nível maior de ansiedade.
“Fale como você percebe a situação, que apesar de também ter ficado triste e com medo, você e a escola estarão sempre ali para protegê-lo e manter o local mais seguro possível. Que a escola continua sendo um lugar de proteção e cuidado. É importante também frisar para criança que no mundo apesar de ter algumas pessoas más, temos muito mais pessoas boas dispostas a fazer o bem.”
E quando a criança apresentar muito medo?
A especialista explica que é preciso muito acolhimento com a criança.
“Devemos validar o que a criança está sentindo, nunca menosprezar suas emoções e pensamentos, mas ao mesmo tempo tranquilizá-las com exemplos concretos de segurança, mostrando para ela que existem portões, que os adultos estão ali para protegê-las, e mais que nunca todos estão atentos.”
Caso esse medo prolongue ou a criança comece a apresentar comportamentos ansiosos como: choro frequente, dores de barriga ou cabeça, verbalização que está com muito medo, muita agitação, são alguns sinais de alerta para procurar um psicólogo para investigar e ajudá-lo nesse processo.
Informação de segurança
De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o disque 100 receberá também denúncias de ataques em escolas. Para isso o denunciante precisa informar o local e informações sobre o suspeito. (https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura)
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domingo, 16 de abril de 2023
O TERRORISMO E A PARANOIA SOCIAL OU POR QUE EU DEFENDO A ESCOLA * Juventude Comunista Revolucionária/JCR
O TERRORISMO E A PARANOIA SOCIAL OU POR QUE EU DEFENDO A ESCOLA
RECADO DA PROFª CAMILA
Que tal partir da gente, como pais, um dia de compaixão, amor e gratidão nas escolas do Brasil? E que tal o dia 20 de abril, próxima quinta-feira?
Cada criança leva uma flor, um bombom, um cartão, um abraço para ser distribuído entre professores, colegas, coordenação, direção, toda a equipe de limpeza.
Precisamos mudar o foco para um movimento positivo e construtivo. Vamos produzir momentos para compartilhar o bem, dentro e fora do colégio. Cada um compartilha aí uma frase pelo que é grato dentro do ambiente escolar. Lembre-se da época em que era criança, adolescente dentro de uma instituição de ensino.
Vamos viralizar esse post e também o sentimento de compaixão!
Dia 20.04.2023, próxima quinta, compartilhe o bem dentro e fora do colégio!
sexta-feira, 14 de abril de 2023
TERRORISMO NAS ESCOLAS DO BRASIL * Juventude Comunista Revolucionária/JCR
quinta-feira, 13 de abril de 2023
ABAIXO A MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS * JUVENTUDE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA/JCR
terça-feira, 11 de abril de 2023
A Reforma do Ensino Médio e o Futuro do Brasil * Francisco Carlos Teixeira da Silva/RJ
quinta-feira, 6 de abril de 2023
INDIFERENÇA TAMBÉM MATA * Juventude Comunista Revolucionária/JCR
INDIFERENÇA TAMBÉM MATA
A violência não se propaga sozinha. Ela não decide ser violência. Ela nasce de ações credenciadas pela sociedade, que são propagadas como norma, como coisa normal, ou algo necessário, que precisa e deve ser feito. Observem que ela exige um protagonista, um ícone, seja uma pessoa ou um símbolo, que vão funcionar como dispositivo transmissor da mensagem violenta. Exemplo são os filmes de ação, a suástica nazista, os atletas vitoriosos etc. Tudo que seja entendido como virtuoso serve de agente propagador. Nesse contexto, a "promoção" que a mídia fez de Bolsonaro obedeceu a esses princípios, uma vez que o objetivo era fascistizar a sociedade e colocá-la de joelhos ante o seu algoz: os interesses mais mesquinhos que o capitalismo produz, ou seja o neoliberalismo implementado pela onda imperialista ocidental, que já vimos aonde chegou, causando um apocalipse na Ucrânia.
Por isso, o linchamento promovido contra tudo que seja entendido como ESQUERDA, às custas do anticomunismo mais esdrúxulo já vista na história humana, dando sequência à campanha midiática norteamericana de combate ao terrorismo.
Daí, a prisão de Lula, a desgraça promovida contra o Brasil através da LAVAJATO, a transformação de Sérgio Moro em superman da justiça, o silêncio ante todas as injustiças ocorridas nesses últimos quatro anos no Brasil, além é claro, do tratamento meramente "factual" das grandes calamidades, como fez com o genocídio da covid-19 em que Bolsonaro fez papel de "Zé Gotinha" da cloroquina e deu gargalhadas cinematográficas com a morte de 700 mil brasileiros.
AGORA, E SÓ AGORA,
sobre os cadáveres de 4 inocentes, me aparece a Rede Globo propagando a sua mais irracional indiferença, com a desculpa de CONTER O EFEITO CONTÁGIO
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na tarde desta quarta-feira (5/4), que o presidente Lula vai disponibilizar uma verba de R$ 150 milhões a estados e municípios para o fortalecimento de rondas policiais escolares e guardas municipais. A medida é a primeira resposta efetiva do Executivo federal ao enfrentamento à onda de violência e ataques em escolas e creches
A verba, segundo Dino, será disponibilizada via edital e a ação será financiada pelo Fundo Nacional de Segurança Pública. O oferecimento desse montante foi anunciado por ministros como Dino e Camilo Santana, da Educação, após uma reunião emergencial no Palácio do Planalto deles com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de divulgar essas ações emergenciais, governo federal também criou um grupo interministerial para formular outras medidas de enfrentamento a essa crise. O grupo reúne pastas como Educação, Justiça, Saúde, Direitos Humanos, Cultura e Esporte."
&
MBL ESPALHA FASCISMO
&
A VIOLÊNCIA EXIBIDA COMO ALGO NORMAL
O medo é o sentimento mais presente na vida do brasileiro, desde o momento em que passamos a ter certeza de que a violência foi banalizada como arma política.
Em setembro do ano passado, pouco antes da eleição, o Datafolha constatou que 67,5% das pessoas ouvidas tinham medo de sofrer agressões.
Não era medo da agressão por violência cotidiana. O brasileiro dizia temer uma agressão específica, o ataque por motivação política.
Os mesários das eleições trabalharam com medo. O país todo se preparou para ações violentas nas seções eleitorais.
E a violência foi sendo praticada no dia a dia, com mortes provocadas também por questões políticas, até se manifestar com força, como ação coletiva de uma aparente irracionalidade, no 8 de janeiro da invasão a Brasília.
Hoje, sentimos medo dos terroristas que vandalizaram Planalto, Supremo e Congresso e já voltaram para casa.
Sentimos medo nas ruas e dentro de casa diante da possibilidade real de vivermos de novo sob uma ditadura.
Temos medo da prisão arbitrária, da tortura, da perseguição, da cassação de mandatos, dos expurgos nas universidades. Temos de novo medo da morte por represália política.
Mas tudo isso não passou com a eleição em que o fascismo foi derrotado? Não passou.
Até porque o fascismo sofreu apenas uma derrota parcial. Fundamentalistas têm no Congresso bancadas que não tiveram nem na ditadura.
O Brasil teme congressistas que já apresentaram, só este ano, mais de 70 projetos de lei contra a população trans.
Há propostas na Câmara para impedir o acesso de crianças e adolescentes trans a procedimentos médicos, como o uso de bloqueadores de puberdade e hormônios.
Os brasileiros tem em a agressividade política dos vizinhos. Temem familiares com os quais convivem e que usam armas, fazem tiro ao alvo e odeiam negros, pessoas LGBTQI+, indígenas.
O brasileiro tem medo de todas as formas de manifestação do fascismo, por considerar a hipótese de que em algum momento as instituições da democracia podem perder o controle da situação.
E o disseminador desse medo está de volta. O líder das estruturas de propagação de ódio, violência, armamentismo, discriminações e racismo, esse sujeito voltou.
O chefe as milícias digitais, das fábricas de fake news, das difamações e a das ameaças de morte está de volta.
O homem que anunciou, antes mesmo de ser eleito em 2018, que mataria os inimigos na ponta da praia. O sujeito sem escrúpulos que admitiu, já no governo, que sentia atração sexual por crianças.
Ele está de volta como aposta não só da extrema direita, mas de setores ditos liberais. O jornal Folha de S. Paulo considera o chefe do ódio o líder em potencial da direita brasileira, e não só dos extremistas.
Por isso o medo que parecia ter sido afastado para longe está por perto de novo. O imprevisível, o imponderável, o que parece improvável, tudo se mistura para reformar o cenário do terror.
Porque vem aí, em substituição à pauta da caçada aos corruptos, a guerra aos diferentes. Será a intensificação do que chamam genericamente de pauta de costumes.
Um jovem de apenas 26 anos é o encarregado de dizer o que nem a família Bolsonaro diz. O deputado mineiro Nikolas Ferreira é o porta-voz do ataque a gays, trans e a todos os que, na versão bolsonarista, ameaçam a família dita tradicional.
Esse agora é o medo mais presente, o do incentivo à perseguição de pessoas LGBTQI+, para que a pauta da falsa moral prevaleça entre os que se consideram mais normais do que os outros.
E todas as famílias têm gays, ou tem comunistas, ou têm negros ou conexões com amigos, colegas e vizinhos negros. As famílias têm diferentes que serão ainda mais caçados pelo bolsonarismo.
Já matam mulheres, gays e travestis cotidianamente, como parte da nossa realidade pré-Bolsonaro. O bolsonarismo faz o ataque oficial e institucionaliza e normaliza a agressão aos diferentes.
É o medo que volta para o Brasil junto com o sujeito que ficou acampado em Orlando durante 89 dias.
O medo até de ver o ministro Alexandre de Moraes sem forças para enfrentar quase sozinho a ira de Bolsonaro, dos filhos dele, dos milicianos.
Medo de ver que as reações ao fascismo estão sempre aquém das agressões que o fascismo perpetra.
O medo de não reagir e de ficar na dependência da capacidade de discernimento e de reação dos outros. Mas que outros são esses?
O fascismo ainda nos cerca e nos faz desconfiar até da nossa capacidade de enfrentar nossos próprios medos.
MOISÉS MENDES