sábado, 29 de abril de 2023

PISO SALARIAL NA EDUCAÇÃO * Juventude Comunista Revolucionária / JCR

 PISO SALARIAL NA EDUCAÇÃO

O PISO SALARIAL
não foi criado para ofender o empregador. Ao contrário. Quando uma empresa se destaca pelo cumprimento de seus deveres, o mercado de mão-de-obra vai na sua direção. Mas quando é o contrário, ela vira recheio até de fofocas. E sua desmoralização é notável. Vide REDE GLOBO.

Em relação ao setor privado isso é visível, mas em relação ao serviço público isso só vem a público quando os servidores são concursados e empossados por sua classificação e a devida independência em relação aos poderes. Somente assim, o trabalhador do serviço público terá a devida força para exigir seus direitos. Afinal, trabalhador encabrestado em políticos não passa de cachorrinho.

Mas quando um município aparece na mídia denunciado por não cumprir o pagamento do PISO SALARIAL de seus servidores, a opinião pública fica estarrecida, até porque ele é garantido pelo FUNDEF. 
Portanto, não tem sentido o que vem acontecendo no município de Chapadão do Sul - MS.

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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Autoridades discutem como aprimorar escolha e a formação dos gestores * Juventude Comunista Revolucionária/JCR

Autoridades discutem como aprimorar escolha e a formação dos gestores
Texto: Agencia Brasil e Unesco


AGÊNCIA BRASIL – A representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil lançou, nesta quarta-feira (26), a publicação Liderança escolar: diretores como fatores-chave para a transformação da educação no Brasil.

A publicação mostra que a liderança dos diretores escolares é o segundo fator que mais influencia a melhoria da educação, atrás, apenas, da atuação direta dos professores dentro das salas de aula.

O lançamento da publicação, pela internet, faz parte da comemoração do Dia da Educação, comemorado em 28 de abril, e contou com a presença de dez acadêmicos brasileiros e estrangeiros ligados ao desenvolvimento da educação.

A diretora da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, disse que o estudo pretende contribuir para assegurar uma “educação inclusiva, equitativa e de qualidade”, como previsto no quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata da Educação de Qualidade.

“Reconhecemos o papel da boa liderança escolar como uma poderosa força capaz de transformar a qualidade de educação e de influenciar de maneira positiva o trabalho coletivo que se realiza diariamente na educação básica. Mais do que nunca, que precisamos de mentes críticas para tempos que também são críticos”, disse a diretora da Unesco.

Publicação

A pesquisa Liderança escolar foi realizada por 15 especialistas de nove países – Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos, Israel, México, Nova Zelândia e Inglaterra – e está organizada em 12 capítulos, com experiências acadêmicas e pesquisas em temas como padrões de liderança, processos de recrutamento de diretores, oferta dos programas de aprendizagem e desenvolvimento de liderança.

Uma das 15 autoras da pesquisa, professora brasileira do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Lara Simielli disse que os diretores são apenas 6% dos focos dos 700 artigos de várias partes do mundo sobre gestão escolar, desde 1989. A pesquisa analisa que é necessário realizar novos estudos.

Especificamente sobre o Brasil, a pesquisadora destacou como ponto positivo o fato de o país ter muitos levantamentos nacionais sobre gestão participativa nas escolas. “É um amplo repertório de pesquisas que embasam o desenho de leis projetos ou práticas que são voltados à garantia de uma escola mais democrática no país”.

Contudo, Lara Simielli destacou que o Brasil tem poucos artigos publicados em revistas internacionais de pesquisas, mesmo entre estudiosos latino-americanos. São apenas cinco publicações em mais de seis anos, lamentou Simielli.

Diretores

Durante a apresentação da pesquisa, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Katia Schweickardt, mencionou, como convidada da Unesco, que 43% dos diretores escolares não são escolhidos pelas habilidades técnicas. “São indicações políticas”, disse.

Ao discorrer sobre a seleção e recrutamento dos melhores candidatos para a posição, a secretária relembrou o período em que foi gestora municipal de Educação de Manaus, no Amazonas, com mais de 500 diretores subordinados. Kátia revelou a criação de uma fórmula para ter sucesso com os novos gestores. “Equilibrar as indicações políticas com a formação técnica e seleção de pessoas, que, depois, passariam por uma validação da comunidade”.

O ex-ministro da Educação e professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV José Henrique Paim, priorizou o empoderamento dos gestores, além das questões administrativas. “Muitas vezes, subestimamos a responsabilidade deles de fazer o acompanhamento da aprendizagem e de criar uma cultura de acompanhamento dentro da escola. E a gente sabe que essas são características fundamentais para que a gente possa mudar a educação do país”.

De forma geral, Henrique Paim acredita que o a educação foi valorizada no contexto da pandemia da covid-19, após a reabertura das instituições de ensino. “A escola é importante para convivência, socialização do conhecimento, não só para questão cognitiva, de aprendizagem. Mas para a gente se preocupar cada vez mais com a questão dos direitos humanos, da democracia e valores importantes para nossa sociedade”.

Experiências.

Durante o lançamento da pesquisa, a autora Lara Simielli convidou duas secretarias de Educação para relatar as experiências locais sobre o tema. A secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira, considerou o estudo da Unesco válido para auxiliar na formação dos diretores. A secretária estadual ofereceu para futuros estudos acadêmicos, a atual ação de formação com gestores escolares gaúchos.

Segundo Raquel Teixeira, no estado, um curso de formação individualizada de gestores, com 375 horas, já foi oferecido a mais de 6,2 mil gestores escolares, com pagamento de bolsa formação de R$ 800 aos diretores e R$ 500, aos vices. Os diretores tiveram desenvolvidas competências e habilidades em pedagogia, administração financeira, política institucional e relacionamento pessoal.

Já a secretaria municipal de Educação de Vitória, no Espírito Santo, Juliana Rohsner, responsável por 103 escolas e 42 mil estudantes, defendeu a valorização do gestor escolar para garantir o direito ao aprendizado e ao saber. “O gestor escolar tem impacto na aprendizagem das nossas crianças, impacto no espaço acolhedor que não naturalize a violência, o racismo, não permita o bullying, a homofobia e nenhum tipo de violência ou fala que cause sofrimento a alguém. O gestor escolar, amparado de forma técnica, vai conseguir ajustar esses conflitos”.

Desafios.

Em entrevista à Agência Brasil, o gerente de Políticas Educacionais da organização civil Todos Pela Educação, Ivan Gontijo, confirmou a responsabilidade da liderança escolar no aprendizado e rendimento dos estudantes e na gestão da infraestrutura das unidades.

“Os gestores escolares vão cuidar tanto da parte pedagógica, como definir a alocação de professores, ajudar nos processos formativos, mas também vão olhar para as questões administrativas, burocráticas e financeiras da escola. Então, é um profissional que cumpre um papel fundamental na educação brasileira”, disse.

Ivan Gontijo enfatizou que os processos de seleção para a gestão escolar devem avaliar as competências técnicas dos candidatos, no lugar de indicações políticas. “Os processos seletivos qualificados olham para as competências técnicas dos diretores, por meio de provas, entrevistas, dinâmicas de grupo e, também, para capacidade dos diretores em liderar pedagogicamente as escolas”, defendeu.

Após a indicação do novo diretor, outro desafio é a formação para gestão escolar, apontou o gerente do Todos Pela Educação. “Normalmente, um professor passa para a gestão escolar. Mas, não necessariamente, um bom professor vai ser um bom diretor. As vezes, você não ganha um bom diretor e, ainda, perde um ótimo professor, porque são competências muito diferentes”.

Ivan Gontijo aconselha os líderes escolares a se apropriarem de toda a gestão, em suas múltiplas dimensões. “O diretor não é um síndico. A escola tem a cara dele. Então, precisa ter esse papel de liderança pedagógica, ser o principal líder dos processos pedagógicos da escola. Será ele quem vai engajar os professores, fazer a gestão dos funcionários, vai lidar com as famílias, vai ser o elo com a secretaria [de Educação]. Então, não pode achar que o diretor, nesta função super dimensional e complexa, deve ser só o síndico”.
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quinta-feira, 20 de abril de 2023

Violência nas escolas * Sepe Costa Litorânea.RJ

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
*DEBATEDORES:*

*PROF. FLÁVIO SERAFINI - DEPUTADO ESTADUAL*

*PROF. MARCELO SANT'ANNA - DIRIGENTE DO SEPE RJ ( SEPE CENTRAL)*
Prof. de Lingua Portuguesa

*PROF. JOSÉ RICARDO VIDAL DIAS* - *COORDENADOR GERAL DO SEPE NÚCLEO DE SÃO GONÇALO*
Prof. de Filosofia/ História e Antropologia

*PROFA FÁTIMA LIMA - DOUTORA EM EDUCAÇÃO*
Direção Executiva do DM do RJ

*PROFA ANA FÁTIMA GONÇALVES MARINHO*
*REDE MUNICIPAL DE ARARUAMA*
•Lingua Portuguesa,
•Mestre em Estudos de Literaturas Africanas de Lingua Portuguesa,
•Oficial R2 do Exército Brasileiro

*PROF. CARLOS ALBERTO LOPES FIGUEIREDO*
*DIREÇÃO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NA EDUCAÇÃO DE SC*
Educação Física

*PROF. REINALDO ANTÔNIO*
*MEMBRO DO SETORIAL DE EDUCAÇÃO - PT RJ*

terça-feira, 18 de abril de 2023

TWITTER É UMA INCUBADORA DE MASSACRES EM ESCOLAS * João Filho/The Intercept

 TWITTER É UMA INCUBADORA DE MASSACRES EM ESCOLAS


Rede social de Elon Musk chegou a negar um pedido do governo brasileiro para remover conteúdos que celebram ataques no país.


https://www.intercept.com.br/2023/04/15/twitter-e-uma-incubadora-de-massacres-em-escolas/

Por João Filho, em 15/04/2023, no The Intercept Brasil


NAS ÚLTIMAS SEMANAS, escolas no Brasil país foram invadidas por alunos armados dispostos a matar professores e outros alunos. O primeiro ataque mais recente aconteceu em São Paulo, quando um adolescente matou uma professora a facadas e feriu outras cinco pessoas. A partir daí, uma série de outros eventos semelhantes pipocaram pelo país, criando uma onda de pânico entre alunos, pais e professores.


O vale-tudo das redes sociais fez com que elas virassem incubadoras de novos ataques. Textos, fotos e vídeos celebrando os acontecimentos e glorificando seus autores circulam livremente. O adolescente responsável pelo primeiro ataque deste ano, por exemplo, adotou em seu perfil no Twitter o mesmo sobrenome do autor do massacre de Suzano para homenageá-lo. Ataques inspiram novos e o efeito bola de neve se torna inevitável, como vimos nas últimas semanas.


Para tentar conter essa crise, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se reuniu com as redes sociais para pedir a remoção de conteúdos violentos que inspiram novos massacres. O Twitter foi a única empresa a se recusar a retirar as postagens do ar. A justificativa não poderia ser mais estapafúrdia : esse tipo de conteúdo não fere os termos de uso da empresa.


Essa afronta ao pedido do governo está escorada na estúpida defesa da liberdade de expressão ilimitada. Ao defender que essas práticas criminosas não violam seus termos de uso, o Twitter admite, ainda que indiretamente, que está acima das leis. A liberdade de expressão é um valor sagrado para as democracias, mas de uns anos pra cá alguns imbecis passaram a confundi-la com liberdade para cometer crimes. A recusa do Twitter em apagar conteúdos que propagam massacres levou a tara pela liberdade de expressão absoluta ao fundo do poço moral. Não dá pra descer mais que isso.


O ministro saiu da reunião disposto a pedir a derrubada do Twitter. A empresa, então, decidiu recuar e removeu os 511 perfis indicados pelo governo que fazem apologia dos ataques nas  escolas. Na quarta, o Ministério da Justiça editou uma portaria para regulamentar a ação das redes sociais em relação à publicação de conteúdos violentos. A medida prevê sanções contra as empresas que se omitirem, incluindo até mesmo a suspensão de suas atividades no país.


A recusa do Twitter em apagar conteúdos que propagam massacres levou a tara pela liberdade de expressão absoluta ao fundo do poço moral.


Os guerreirinhos da liberdade de expressão de sempre passaram a gritar contra a medida. No dia seguinte à criação da portaria, deputados federais do partido Novo apresentaram um projeto para suspendê-la. O partido tem defendido as Big Techs em todas as oportunidades. Junto do PL, partido de Bolsonaro, o Novo está na linha de frente do combate ao PL das Fake News, que visa responsabilizar civilmente as plataformas que se omitirem diante de mentiras que propaguem incitação a crimes. Os partidos de extrema direita defendem o vale-tudo nas redes usando a defesa da liberdade de expressão como escudo.


Não foi à toa que o governo de Bolsonaro comemorou a compra do Twitter por Elon Musk. O bilionário é um agente da extrema direita internacional que defende abertamente golpes de estado. “Vamos golpear quem quisermos. Lide com isso!”, disse ele em resposta a um tweet que apontava uma possível participação dos EUA no último golpe na Bolívia. Assim como bolsonaristas, Musk defende a liberdade de expressão irrestrita, mas ataca a imprensa quando é questionado e remove conteúdos que lhe desagradam. Nesta semana, após a recusa do Twitter em ajudar o governo, a hashtag “Twitter apoia massacres” chegou a ficar entre os assuntos mais comentados, mas foi retirada do ar rapidamente. Ou seja, a empresa faz corpo mole para retirar conteúdos que propagam violência nas escolas, mas age com eficiência para retirar conteúdos críticos à ela. A liberdade de expressão da extrema direita é irrestrita, pero no mucho.


A gritaria em torno da portaria do governo não faz sentido. Ela é fruto de uma emergência e está delimitada a combater conteúdos que anunciam os ataques às escolas, glorificam os autores desses massacres e espalham boatos sobre novos ataques. O intuito do governo é conter a epidemia de ataques e o pânico nas escolas. A medida é bem específica e não há nada nela que interfira na liberdade de expressão do cidadão comum.


Os partidos de extrema direita defendem o vale-tudo nas redes usando a defesa da liberdade de expressão como escudo.


Na Alemanha, o Twitter está sendo processado pelo governo por se omitir em relação aos crimes da extrema direita. A empresa se recusou a remover conteúdos que promovem discursos racistas, antissemitas, apologia ao nazismo e ameaças de ataques. Segundo o ministro da Justiça alemão, conteúdos ilegais publicados no Twitter não foram excluídos dentro dos prazos estipulados pela lei. “A internet não é um vácuo legal”, afirmou o ministro ao justificar a multa que pode chegar a R$ 273 milhões.


Esse enfrentamento dos países às empresas irresponsáveis é um bom sinal. Já passou da hora dos governos comprometidos com a democracia começarem a enfrentar as Big Techs.


https://www.intercept.com.br/2023/04/15/twitter-e-uma-incubadora-de-massacres-em-escolas/

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MERENDA ESCOLAR



segunda-feira, 17 de abril de 2023

20.04 SOS COMUNIDADE ESCOLAR * Juventude Comunista Revolucionária/JCR

 20.04 SOS COMUNIDADE ESCOLAR


Que tal partir da gente, como pais, um dia de compaixão, amor e gratidão nas escolas do Brasil? E que tal o dia 20 de abril, próxima quinta-feira? 


Cada criança leva uma flor, um bombom, um cartão, um abraço para ser distribuído entre professores, colegas, coordenação, direção, toda a equipe de limpeza.


Precisamos mudar o foco para um movimento positivo e construtivo. Vamos produzir momentos para compartilhar o bem, dentro e fora do colégio. Cada um compartilha aí uma frase pelo que é grato dentro do ambiente escolar. Lembre-se da época em que era criança, adolescente dentro de uma instituição de ensino.


Vamos viralizar esse post e também o sentimento de compaixão!

Dia 20.04.2023, próxima quinta, compartilhe o bem dentro e fora do colégio!

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Ataques nas escolas: como abordar o assunto com as crianças

A psicóloga e autora do livro “Socorro, tenho filhos” Carol Bitar dá orientações de como conversar com as crianças diante das ameaças de violência ...
14/04/2023 12h20Atualizada há 3 dias
Por: RedaçãoFonte: Agência Dino


Acontecimentos recentes de ataques e ameaças em escolas têm deixado muitos pais e profissionais da educação bastante apavorados. E apesar de medidas preventivas estarem sendo adotadas em inúmeras instituições de ensino, muitos pais estão se sentindo inseguros e sem saber como abordar esse tema com os próprios filhos.

Episódios de violência ou tragédias são assuntos difíceis de serem abordados com crianças, podem também causar ansiedade e medo nos filhos de permanecerem nas escolas que deveriam ser consideradas ambiente seguro para eles.

Carol Bitar, psicóloga e também autora do livro “Socorro, tenho filhos”, explica que o medo e a ansiedade são emoções naturais e importantes para nossa sobrevivência, porém quando são sentidas de maneira intensa e frequente podem gerar inúmeros prejuízos, inclusive o adoecimento mental na própria infância.

“Em razão desses trágicos episódios de violência em escolas, precisamos ter muito cuidado de como vamos orientar nossos filhos sem criar pânico e receio de permanecer nas instituições de ensino, para que este ambiente continue sendo um lugar saudável e acolhedor.”

Falar ou não sobre os ataques?

Segundo Carol, vai depender da idade e perfil da criança, e ela diz: “Primeiro temos que avaliar qual o objetivo de transmitir essa notícia para criança. É para alertar? Para ensinar estratégias de proteção em situações de risco? Não precisamos compartilhar notícias de violência sem ter uma real finalidade, isso pode gerar medo intenso nas crianças e quebrar a confiança de que a escola é um lugar seguro de ficar.”

A psicóloga destaca que crianças a partir dos 4 anos já começam a entender alguns acontecimentos, então é interessante os pais ficarem atentos se elas já tiveram acesso a algum conteúdo de notícias a respeito dos casos. Se sim, é interessante conversar com seu filho e entender o que a criança compreendeu sobre o fato, o que ele está pensando sobre isso, como ele está se sentindo e em seguida acalmá-lo para não gerar pânico ou emoções mais intensas.

E o cuidado tem que ser mais ainda se a criança já apresenta algum nível maior de ansiedade.

“Fale como você percebe a situação, que apesar de também ter ficado triste e com medo, você e a escola estarão sempre ali para protegê-lo e manter o local mais seguro possível. Que a escola continua sendo um lugar de proteção e cuidado. É importante também frisar para criança que no mundo apesar de ter algumas pessoas más, temos muito mais pessoas boas dispostas a fazer o bem.”

E quando a criança apresentar muito medo?

A especialista explica que é preciso muito acolhimento com a criança.

“Devemos validar o que a criança está sentindo, nunca menosprezar suas emoções e pensamentos, mas ao mesmo tempo tranquilizá-las com exemplos concretos de segurança, mostrando para ela que existem portões, que os adultos estão ali para protegê-las, e mais que nunca todos estão atentos.”

Caso esse medo prolongue ou a criança comece a apresentar comportamentos ansiosos como: choro frequente, dores de barriga ou cabeça, verbalização que está com muito medo, muita agitação, são alguns sinais de alerta para procurar um psicólogo para investigar e ajudá-lo nesse processo.

Informação de segurança

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o disque 100 receberá também denúncias de ataques em escolas. Para isso o denunciante precisa informar o local e informações sobre o suspeito. (https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura)
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domingo, 16 de abril de 2023

O TERRORISMO E A PARANOIA SOCIAL OU POR QUE EU DEFENDO A ESCOLA * Juventude Comunista Revolucionária/JCR

O TERRORISMO E A PARANOIA SOCIAL OU POR QUE EU DEFENDO A ESCOLA


Minha filha pegou-se subitamente a ler Kafka. Iniciou com a Metamorfose e, pela tentação deste mistério, mergulhou na leitura de o Processo. Não o fez por influência minha como porventura possam pensar; pelo menos não mais do que pelo fato de ela conviver com esses livros em casa, algumas vezes sendo lidos outras não. Fê-lo porque já faz algum tempo que ela optou por se tornar uma leitora, isso mesmo, ser leitor é uma opção e só se faz quando disso nos tornamos convictos. Aos treze anos recentes ela enveredou pelos corredores confusos do processo kafikiano. 

Conto este fato inicialmente porque tenho comigo a interpretação de que, se estivermos antenados com o mundo, somos conduzidos a ler aquilo que o represente e nos permita nele interferir. Minha filha encontrou Kafka e este lhe revela o mundo que ora vivemos. O processo de Kafka, cuja escrita começou em 1914, em tese nada tem que ver com o mundo de uma quase adolescente nascida em 2010, mas seu enredo muito diz sobre a sociedade claustrofóbica e terrorista que vivemos. No romance Joseph K se emaranha em um processo que o acusa sem que saiba qual seja sua culpa, tendo de se defender sem sequer conhecer a acusação, e todas as pessoas com quem tem de lidar tampouco sabem mais que ele, salvo que, igualmente, devem cumprir o processo sem sequer saber por quê.

O ambiente da obra é paranoico e claustrofóbico. Paranoico porque Joseph se sente perseguido sem sequer ter a causa e o motivo. Claustrofóbico porque inicialmente a justiça lhe impõe a prisão no próprio quarto. Posteriormente se vê preso na intriga burocrática de um processo sem sentido ou sem motivo. Joseph está preso pela dúvida de qual seja seu destino ou seu pecado. Vive por isso como todos nós vivemos: alienado de si, do mundo e de todos. E todos, como ele, são igualmente alienados. O tecido da verdade se esgarçou, e todos vivem presos da incerteza.

Estamos vivendo este "processo". Subitamente todos e todas nos pegamos atacados e atingidos pelo susto do invisível. Amedrontados nos tornamos paranoicos e quanto menos sabemos maior se torna o nosso medo. O medo que nos toma é orquestrado: impõe-se de fora para dentro. Vem de algum lugar, de qualquer ponto, e nos aprisiona sem sequer sabermos quem ou qual o inimigo. O ataque vem de todo lado, se espalha como um vírus invisível, atinge-nos por não sabermos nada e força-nos a nos prender em casa, em casa nos prendemos numa rede social e abstrata de onde replicamos nosso medo. Vítimas da paranoia coletiva, espalhamos de forma alienada o medo para que se multiplique.

No rol das incertezas da loucura, ao menos um ponto se destaca: seja uma doença que se espalha acelerada, a violência do crime organizado, e a violência da loucura terrorista, em todo caso, uma das grandes vítimas é a escola. Em todos esses casos a escola foi de antemão o alvo claustrofóbico. Fechar a escola, seja pelo descaso do poder público que não vê no saber o seu valor, seja pela loucura social que nos domina,  o alvo do doença é a escola. 

De algum modo a sociedade louca, imersa na doença do espírito, antipatiza com a infância e com a escola, como se a nos dizer que apenas ela poderia nos salvar da ignorância, da clausura provocada pela alienação, da paranoia do delírio social, pois nos traria a lucidez, luz ao espírito, clareza de ideias, liberdade, por isso é a escola a inimiga das forças invisíveis da maldade, das redes sociais, da deep web, do poder político corrupto. O processo de Kafka está em curso. Ao meu ver o que nos há de salvar é que uma criança, com tenros 13 anos de idade, em tempos em que se fecham bibliotecas e junto com essas as escolas, sente o desejo inexplicável da leitura do autor que anteviu nossa loucura.

Edilberto C. - Educador Sim
FLAVIO DINO
COMUNIDADE ESCOLA
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RECADO DA PROFª CAMILA

Que tal partir da gente, como pais, um dia de compaixão, amor e gratidão nas escolas do Brasil? E que tal o dia 20 de abril, próxima quinta-feira? 


Cada criança leva uma flor, um bombom, um cartão, um abraço para ser distribuído entre professores, colegas, coordenação, direção, toda a equipe de limpeza.


Precisamos mudar o foco para um movimento positivo e construtivo. Vamos produzir momentos para compartilhar o bem, dentro e fora do colégio. Cada um compartilha aí uma frase pelo que é grato dentro do ambiente escolar. Lembre-se da época em que era criança, adolescente dentro de uma instituição de ensino.


Vamos viralizar esse post e também o sentimento de compaixão!

Dia 20.04.2023, próxima quinta, compartilhe o bem dentro e fora do colégio!

sexta-feira, 14 de abril de 2023

TERRORISMO NAS ESCOLAS DO BRASIL * Juventude Comunista Revolucionária/JCR

TERRORISMO NAS ESCOLAS DO BRASIL

"Atentados contra escolas são fenômenos psicossocial e não apenas criminal.

Depois do aumento exponencial de atentados nas escolas, à partir de 2019 (foram 13 desde então, num total de 23, desde 2016) a nova inteligência política da extrema direita já tem a solução: armar professores e polícia dentro das escolas. Coisa de gênio, vamos combinar. 

Nos EUA, que vive esse problema há décadas e que tem uma ampla política armamentista, hoje, a media é de 1,5 atentados POR DIA! Armas não diminuiu o número de homicídio em nenhuma parte do planeta. Ao contrário, só fez aumentar. No Brasil, querem acabar com os atentados do mesmo jeito que querem acabar com tráfico, atirando. Depois de décadas, atirando nas comunidades, temos uma pilha sem fim de cadáveres e o segundo sistema prisional do mundo (800 mil presos). O consumo e o tráfico de drogas? Vão muito bem, obrigado. Firmes e fortes.

O Brasil tem cerca de 180 mil escolas públicas. Ambientes de extrema vulnerabilidade social, falta de estrutura, professores mal remunerados e alunos adolescentes solapados por muito discurso de ódio nas redes sociais e muito bullying. Ninguém pensou em cuidar da saúde mental dessa população? Ao contrário de polícia, dentro da escola, psicólogos? Assistentes sociais? Convênio direto das escolas, com os Cras, Creas, Sus e Caps? Ninguém vai ter essa ideia mágica? 

Atentados contra às escolas é um fenômeno psicossocial. Não pode e não deve ser tratado só como um fato criminal. Quem prática o atentado, muitas vezes, já dá como certo a sua própria morte. Por que policiais ou professores armados coibiriam esse fenômeno?
O Brasil, definitivamente, não conhece o Brasil, Elis!"

Jarbas Capusso Filho é psicólogo clínico, dramaturgo e roteirista de TV
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PROFESSOR HUMILHADO 
Documentário Tiros em Columbine DUB - (2002)
Sinopse: Documentário que investiga a fascinação dos americanos pelas armas de fogo. Michael Moore, diretor e narrador do filme, questiona a origem dessa cultura bélica e busca respostas visitando pequenas cidades dos Estados Unidos, onde a maior parte dos moradores guarda uma arma em casa. Entre essas cidades está Littleton, no Colorado, onde fica o colégio Columbine. Lá os adolescentes Dylan Klebold e Eric Harris pegaram as armas dos pais e mataram 14 estudantes e um professor no refeitório. Michael Moore também faz uma visita ao ator Charlton Heston, presidente da Associação Americana do Rifle. Ano: 2002 Diretor: Michael Moore Pais: Estados Unidos.

 Planilha com todos os filmes e documentários disponíveis https://docs.google.com/spreadsheets/...
THFILMES
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terça-feira, 11 de abril de 2023

A Reforma do Ensino Médio e o Futuro do Brasil * Francisco Carlos Teixeira da Silva/RJ

A Reforma do Ensino Médio e o Futuro do Brasil

Pela primeira vez a maioria dos professores de História, Sociologia, Filosofia e os maiores especialistas em Educação estão em profundo desacordo com o Governo Lula. Claro, o fulcro da questão é o chamado "Novo Ensino Médio", o NEM.

 Creditamos tal desacordo, profundo e de princípios, ao atual Ministro da Educação e sua equipe, incluindo os resgatados do Governo Bolsonaro, como o Secretário de Ensino Médio do MEC.

 Mas, não é só : como afirmar que o PT é o partido que abraçou Paulo Freire ou Anísio Teixeira como princípios quando a Educação é descaracterizada em seu aspecto maior de ação positiva de emancipação popular? Hoje, o ódio e o apagamento de nossa História são marcas do quotidiano. Nunca antes neste país precisamos tanto de História, de conhecer nossa própria História, para não repetir uma História feita na opressão de classe, de cor e de gênero. 

A escola tornou-se um campo de batalha real e simbólico. Mas, então, eis que um grupo autoritário de homens que armaram o Golpe de 2016 , a criminalização dos movimentos sociais e a injusta prisão de Lula, impõe durante o espasmo autoritário, fascistizante dos Governos Temer e Bolsonaro, um projeto de Educação que acaba com aulas de História. É a vitória do apagamento de uma memória necessária, indispensável, para a formação de adolescentes e jovens. 

Quem estudará mais a Revolução de 1930, o Integralismo e seus asseclas fascistas, quem falará "Nunca Mais!" para Auschwitz? Sem as aulas de História? Reinará o silêncio. No nosso ofício, no nosso campo, os homens de 2016 ainda estão no poder. Por quê? Por duas razões simples: de um lado a "economia" que os governadores farão com o menor número de professores e a incorporação de "curiosos" e fazedores de brigadeiro ao corpo docente das escolas; por outro lado, vence a pressão das Fundações do capital como Bradesco, "Todos pela Educação", Fundação Ford e outros interesses invisíveis. Vemos um governo do PT , orientado por tecnocratas insensíveis, fazer o que a própria Ditadura Militar não conseguiu. 

Na luta contra a famigerada imposição, nos anos de 1970, da disciplina "Estudos Sociais" e Educação Moral e Cívica substituindo, com um currículo de "paz social" e da "ternura brasileira", a heróica história de Zumbi, Tiradentes ou Luiz Gama. Lutamos contra esse estupro da História, com Sérgio Buarque de Holanda à frente. Então deram-se anos e anos de abandono, de miserabilidade de salários, de professores "de matrícula", longe do convívio pleno com alunos, pais e colegas. Hoje, a escola foi invadida pela violência. 

Os meios de comunicação estão dominados; as Igrejas tornaram-se empresas de lucros fáceis e de fabricação do ódio; as famílias se dividiram. Restou o último espaço de lutas pela Educação emancipadora, capaz de combater o ódio de classe, o ódio de gênero e o ódio de cor: a escola pública, laica, gratuita e principalmente de Qualidade. Como combater o mal que se abate sobre crianças, adolescentes e jovens se os privamos de sua própria História. Por que o silêncio dos ministros dos Direitos Humanos, das Desigualdades e dos povos indígenas? Cada um no seu quadrado identitário com seus cargos e alheios ao objetivo maior - uma Educação Emancipadora. Todos são coniventes. "Quem cala sobre teu corpo consente na tua morte!" Não, não vamos nos calar. Como explicar o racismo, sem debater a Escravidão e o terrível Tráfico Negreiro? Como explicar o Massacre dos Yanomami sem debater a natureza da colonização? 

Sem História o ódio vencerá! Por fim, no futuro como os adolescentes saberão a incrível e fabulosa vida de Lula da Silva sem História? Como combater o racismo e apologia ao nazismo sem História, Sociologia e Filosofia. 

Sem esse debate as nossas escolas serão viveiros de jovens neonazistas. É triste que sejam aqueles que sempre foram acusados do "crime" de seguir Paulo Freire sejam os primeiros a negar suas próprias ideias. Viva Sérgio Buarque de Holanda e todos os professores do Brasil.


Francisco Carlos Teixeira da Silva UFRJ/UFJF.RJ
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quinta-feira, 6 de abril de 2023

INDIFERENÇA TAMBÉM MATA * Juventude Comunista Revolucionária/JCR

INDIFERENÇA TAMBÉM MATA

JUVENTUDE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA / JCR

A violência não se propaga sozinha. Ela não decide ser violência. Ela nasce de ações credenciadas pela sociedade, que são propagadas como norma, como coisa normal, ou algo necessário, que precisa e deve ser feito. Observem que ela exige um protagonista, um ícone, seja uma pessoa ou um símbolo, que vão funcionar como dispositivo transmissor da mensagem violenta. Exemplo são os filmes de ação, a suástica nazista, os atletas vitoriosos etc. Tudo que seja entendido como virtuoso serve de agente propagador. Nesse contexto, a "promoção" que a mídia fez de Bolsonaro obedeceu a esses princípios, uma vez que o objetivo era fascistizar a sociedade e colocá-la de joelhos ante o seu algoz: os interesses mais mesquinhos que o capitalismo produz, ou seja o neoliberalismo implementado pela onda imperialista ocidental, que já vimos aonde chegou, causando um apocalipse na Ucrânia.

Por isso, o linchamento promovido contra tudo que seja entendido como ESQUERDA, às custas do anticomunismo mais esdrúxulo já vista na história humana, dando sequência à campanha midiática norteamericana de combate ao terrorismo.

Daí, a prisão de Lula, a desgraça promovida contra o Brasil através da LAVAJATO, a transformação de Sérgio Moro em superman da justiça, o silêncio ante todas as injustiças ocorridas nesses últimos quatro anos no Brasil, além é claro, do tratamento meramente "factual" das grandes calamidades, como fez com o genocídio da covid-19 em que Bolsonaro fez papel de "Zé Gotinha" da cloroquina e deu gargalhadas cinematográficas com a morte de 700 mil brasileiros.

AGORA, E SÓ AGORA,

sobre os cadáveres de 4 inocentes, me aparece a Rede Globo propagando a sua mais irracional indiferença, com a desculpa de CONTER O EFEITO CONTÁGIO

 PAULO HENRIQUE AMORIM DENUNCIA

A PRISÃO DE LULA, O SEU ENCARCERAMENTO E A CONDENAÇÃO SEM NENHUMA PROVA, TUDO FEITO COMO ALGO PERFEITAMENTE NORMAL.
Hordas de criminosos tomam a mídia, como se fossem gente de bem, que é como se denominam.
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AÇÕES EMERGENCIAIS RESOLVEM?

"LULA ANUNCIA 150 MILHÕES PARA REFORÇAR AS PATRULHAS ESCOLARES EM TODO PAÍS POR RONDAS POLICIAIS E GUARDAS MUNICIPAIS
FALA DO MINISTRO FLÁVIO DINO

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na tarde desta quarta-feira (5/4), que o presidente Lula vai disponibilizar uma verba de R$ 150 milhões a estados e municípios para o fortalecimento de rondas policiais escolares e guardas municipais. A medida é a primeira resposta efetiva do Executivo federal ao enfrentamento à onda de violência e ataques em escolas e creches


A verba, segundo Dino, será disponibilizada via edital e a ação será financiada pelo Fundo Nacional de Segurança Pública. O oferecimento desse montante foi anunciado por ministros como Dino e Camilo Santana, da Educação, após uma reunião emergencial no Palácio do Planalto deles com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Além de divulgar essas ações emergenciais, governo federal também criou um grupo interministerial para formular outras medidas de enfrentamento a essa crise. O grupo reúne pastas como Educação, Justiça, Saúde, Direitos Humanos, Cultura e Esporte."

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MBL ESPALHA FASCISMO


E foi assim que tudo começou: com o MBL invadindo escolas para intimidar professores,
ensinando jovens e crianças a odiarem professores e o ambiente escolar. Fernando Holiday visitou duas escolas públicas da periferia da cidade para fiscalizar o conteúdo dado aos alunos e destratou, ofendeu humilhou professores depois espalhou nas redes sociais. O bolsonarismo ensinou a odiar a escola, a universidade e desrespeitar os professores. E também a resolver os conflitos na bala, no facão, na machadinha, na violência.  Para evitar a violência é preciso reconstruir o senso de comunidade destruído pelo bolsonarismo, porque essa é a forma de evitar a cooptação dos adolescentes e a radicalização por grupos fascistas e radicais de extrema direita nas redes sociais. Esses grupos radicais atuam há anos nos Estados Unidos e foram exportados para o mundo. No Brasil os bolsopatas adoradores dos EUA copiam tudo.

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A VIOLÊNCIA EXIBIDA COMO ALGO NORMAL

MAIS VIOLÊNCIA BANALIZADA
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O BRASIL COM MEDO

O medo é o sentimento mais presente na vida do brasileiro, desde o momento em que passamos a ter certeza de que a violência foi banalizada como arma política.

Em setembro do ano passado, pouco antes da eleição, o Datafolha constatou que 67,5% das pessoas ouvidas tinham medo de sofrer agressões.

Não era medo da agressão por violência cotidiana. O brasileiro dizia temer uma agressão específica, o ataque por motivação política.

Os mesários das eleições trabalharam com medo. O país todo se preparou para ações violentas nas seções eleitorais.

E a violência foi sendo praticada no dia a dia, com mortes provocadas também por questões políticas, até se manifestar com força, como ação coletiva de uma aparente irracionalidade, no 8 de janeiro da invasão a Brasília.

Hoje, sentimos medo dos terroristas que vandalizaram Planalto, Supremo e Congresso e já voltaram para casa.

Sentimos medo nas ruas e dentro de casa diante da possibilidade real de vivermos de novo sob uma ditadura.

Temos medo da prisão arbitrária, da tortura, da perseguição, da cassação de mandatos, dos expurgos nas universidades. Temos de novo medo da morte por represália política.

Mas tudo isso não passou com a eleição em que o fascismo foi derrotado? Não passou.

Até porque o fascismo sofreu apenas uma derrota parcial. Fundamentalistas têm no Congresso bancadas que não tiveram nem na ditadura.

O Brasil teme congressistas que já apresentaram, só este ano, mais de 70 projetos de lei contra a população trans.

Há propostas na Câmara para impedir o acesso de crianças e adolescentes trans a procedimentos médicos, como o uso de bloqueadores de puberdade e hormônios.

Os brasileiros tem em a agressividade política dos vizinhos. Temem familiares com os quais convivem e que usam armas, fazem tiro ao alvo e odeiam negros, pessoas LGBTQI+, indígenas.

O brasileiro tem medo de todas as formas de manifestação do fascismo, por considerar a hipótese de que em algum momento as instituições da democracia podem perder o controle da situação.

E o disseminador desse medo está de volta. O líder das estruturas de propagação de ódio, violência, armamentismo, discriminações e racismo, esse sujeito voltou.

O chefe as milícias digitais, das fábricas de fake news, das difamações e a das ameaças de morte está de volta.

O homem que anunciou, antes mesmo de ser eleito em 2018, que mataria os inimigos na ponta da praia. O sujeito sem escrúpulos que admitiu, já no governo, que sentia atração sexual por crianças.

Ele está de volta como aposta não só da extrema direita, mas de setores ditos liberais. O jornal Folha de S. Paulo considera o chefe do ódio o líder em potencial da direita brasileira, e não só dos extremistas.

Por isso o medo que parecia ter sido afastado para longe está por perto de novo. O imprevisível, o imponderável, o que parece improvável, tudo se mistura para reformar o cenário do terror.

Porque vem aí, em substituição à pauta da caçada aos corruptos, a guerra aos diferentes. Será a intensificação do que chamam genericamente de pauta de costumes.

Um jovem de apenas 26 anos é o encarregado de dizer o que nem a família Bolsonaro diz. O deputado mineiro Nikolas Ferreira é o porta-voz do ataque a gays, trans e a todos os que, na versão bolsonarista, ameaçam a família dita tradicional.

Esse agora é o medo mais presente, o do incentivo à perseguição de pessoas LGBTQI+, para que a pauta da falsa moral prevaleça entre os que se consideram mais normais do que os outros.

E todas as famílias têm gays, ou tem comunistas, ou têm negros ou conexões com amigos, colegas e vizinhos negros. As famílias têm diferentes que serão ainda mais caçados pelo bolsonarismo.

Já matam mulheres, gays e travestis cotidianamente, como parte da nossa realidade pré-Bolsonaro. O bolsonarismo faz o ataque oficial e institucionaliza e normaliza a agressão aos diferentes.

É o medo que volta para o Brasil junto com o sujeito que ficou acampado em Orlando durante 89 dias.

O medo até de ver o ministro Alexandre de Moraes sem forças para enfrentar quase sozinho a ira de Bolsonaro, dos filhos dele, dos milicianos.

Medo de ver que as reações ao fascismo estão sempre aquém das agressões que o fascismo perpetra.

O medo de não reagir e de ficar na dependência da capacidade de discernimento e de reação dos outros. Mas que outros são esses?

O fascismo ainda nos cerca e nos faz desconfiar até da nossa capacidade de enfrentar nossos próprios medos.

MOISÉS MENDES

INDIFERENTE MAS PROMOVENDO A MORTE
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