quinta-feira, 6 de abril de 2023

INDIFERENÇA TAMBÉM MATA * Juventude Comunista Revolucionária/JCR

INDIFERENÇA TAMBÉM MATA

JUVENTUDE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA / JCR

A violência não se propaga sozinha. Ela não decide ser violência. Ela nasce de ações credenciadas pela sociedade, que são propagadas como norma, como coisa normal, ou algo necessário, que precisa e deve ser feito. Observem que ela exige um protagonista, um ícone, seja uma pessoa ou um símbolo, que vão funcionar como dispositivo transmissor da mensagem violenta. Exemplo são os filmes de ação, a suástica nazista, os atletas vitoriosos etc. Tudo que seja entendido como virtuoso serve de agente propagador. Nesse contexto, a "promoção" que a mídia fez de Bolsonaro obedeceu a esses princípios, uma vez que o objetivo era fascistizar a sociedade e colocá-la de joelhos ante o seu algoz: os interesses mais mesquinhos que o capitalismo produz, ou seja o neoliberalismo implementado pela onda imperialista ocidental, que já vimos aonde chegou, causando um apocalipse na Ucrânia.

Por isso, o linchamento promovido contra tudo que seja entendido como ESQUERDA, às custas do anticomunismo mais esdrúxulo já vista na história humana, dando sequência à campanha midiática norteamericana de combate ao terrorismo.

Daí, a prisão de Lula, a desgraça promovida contra o Brasil através da LAVAJATO, a transformação de Sérgio Moro em superman da justiça, o silêncio ante todas as injustiças ocorridas nesses últimos quatro anos no Brasil, além é claro, do tratamento meramente "factual" das grandes calamidades, como fez com o genocídio da covid-19 em que Bolsonaro fez papel de "Zé Gotinha" da cloroquina e deu gargalhadas cinematográficas com a morte de 700 mil brasileiros.

AGORA, E SÓ AGORA,

sobre os cadáveres de 4 inocentes, me aparece a Rede Globo propagando a sua mais irracional indiferença, com a desculpa de CONTER O EFEITO CONTÁGIO

 PAULO HENRIQUE AMORIM DENUNCIA

A PRISÃO DE LULA, O SEU ENCARCERAMENTO E A CONDENAÇÃO SEM NENHUMA PROVA, TUDO FEITO COMO ALGO PERFEITAMENTE NORMAL.
Hordas de criminosos tomam a mídia, como se fossem gente de bem, que é como se denominam.
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AÇÕES EMERGENCIAIS RESOLVEM?

"LULA ANUNCIA 150 MILHÕES PARA REFORÇAR AS PATRULHAS ESCOLARES EM TODO PAÍS POR RONDAS POLICIAIS E GUARDAS MUNICIPAIS
FALA DO MINISTRO FLÁVIO DINO

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na tarde desta quarta-feira (5/4), que o presidente Lula vai disponibilizar uma verba de R$ 150 milhões a estados e municípios para o fortalecimento de rondas policiais escolares e guardas municipais. A medida é a primeira resposta efetiva do Executivo federal ao enfrentamento à onda de violência e ataques em escolas e creches


A verba, segundo Dino, será disponibilizada via edital e a ação será financiada pelo Fundo Nacional de Segurança Pública. O oferecimento desse montante foi anunciado por ministros como Dino e Camilo Santana, da Educação, após uma reunião emergencial no Palácio do Planalto deles com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Além de divulgar essas ações emergenciais, governo federal também criou um grupo interministerial para formular outras medidas de enfrentamento a essa crise. O grupo reúne pastas como Educação, Justiça, Saúde, Direitos Humanos, Cultura e Esporte."

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MBL ESPALHA FASCISMO


E foi assim que tudo começou: com o MBL invadindo escolas para intimidar professores,
ensinando jovens e crianças a odiarem professores e o ambiente escolar. Fernando Holiday visitou duas escolas públicas da periferia da cidade para fiscalizar o conteúdo dado aos alunos e destratou, ofendeu humilhou professores depois espalhou nas redes sociais. O bolsonarismo ensinou a odiar a escola, a universidade e desrespeitar os professores. E também a resolver os conflitos na bala, no facão, na machadinha, na violência.  Para evitar a violência é preciso reconstruir o senso de comunidade destruído pelo bolsonarismo, porque essa é a forma de evitar a cooptação dos adolescentes e a radicalização por grupos fascistas e radicais de extrema direita nas redes sociais. Esses grupos radicais atuam há anos nos Estados Unidos e foram exportados para o mundo. No Brasil os bolsopatas adoradores dos EUA copiam tudo.

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A VIOLÊNCIA EXIBIDA COMO ALGO NORMAL

MAIS VIOLÊNCIA BANALIZADA
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O BRASIL COM MEDO

O medo é o sentimento mais presente na vida do brasileiro, desde o momento em que passamos a ter certeza de que a violência foi banalizada como arma política.

Em setembro do ano passado, pouco antes da eleição, o Datafolha constatou que 67,5% das pessoas ouvidas tinham medo de sofrer agressões.

Não era medo da agressão por violência cotidiana. O brasileiro dizia temer uma agressão específica, o ataque por motivação política.

Os mesários das eleições trabalharam com medo. O país todo se preparou para ações violentas nas seções eleitorais.

E a violência foi sendo praticada no dia a dia, com mortes provocadas também por questões políticas, até se manifestar com força, como ação coletiva de uma aparente irracionalidade, no 8 de janeiro da invasão a Brasília.

Hoje, sentimos medo dos terroristas que vandalizaram Planalto, Supremo e Congresso e já voltaram para casa.

Sentimos medo nas ruas e dentro de casa diante da possibilidade real de vivermos de novo sob uma ditadura.

Temos medo da prisão arbitrária, da tortura, da perseguição, da cassação de mandatos, dos expurgos nas universidades. Temos de novo medo da morte por represália política.

Mas tudo isso não passou com a eleição em que o fascismo foi derrotado? Não passou.

Até porque o fascismo sofreu apenas uma derrota parcial. Fundamentalistas têm no Congresso bancadas que não tiveram nem na ditadura.

O Brasil teme congressistas que já apresentaram, só este ano, mais de 70 projetos de lei contra a população trans.

Há propostas na Câmara para impedir o acesso de crianças e adolescentes trans a procedimentos médicos, como o uso de bloqueadores de puberdade e hormônios.

Os brasileiros tem em a agressividade política dos vizinhos. Temem familiares com os quais convivem e que usam armas, fazem tiro ao alvo e odeiam negros, pessoas LGBTQI+, indígenas.

O brasileiro tem medo de todas as formas de manifestação do fascismo, por considerar a hipótese de que em algum momento as instituições da democracia podem perder o controle da situação.

E o disseminador desse medo está de volta. O líder das estruturas de propagação de ódio, violência, armamentismo, discriminações e racismo, esse sujeito voltou.

O chefe as milícias digitais, das fábricas de fake news, das difamações e a das ameaças de morte está de volta.

O homem que anunciou, antes mesmo de ser eleito em 2018, que mataria os inimigos na ponta da praia. O sujeito sem escrúpulos que admitiu, já no governo, que sentia atração sexual por crianças.

Ele está de volta como aposta não só da extrema direita, mas de setores ditos liberais. O jornal Folha de S. Paulo considera o chefe do ódio o líder em potencial da direita brasileira, e não só dos extremistas.

Por isso o medo que parecia ter sido afastado para longe está por perto de novo. O imprevisível, o imponderável, o que parece improvável, tudo se mistura para reformar o cenário do terror.

Porque vem aí, em substituição à pauta da caçada aos corruptos, a guerra aos diferentes. Será a intensificação do que chamam genericamente de pauta de costumes.

Um jovem de apenas 26 anos é o encarregado de dizer o que nem a família Bolsonaro diz. O deputado mineiro Nikolas Ferreira é o porta-voz do ataque a gays, trans e a todos os que, na versão bolsonarista, ameaçam a família dita tradicional.

Esse agora é o medo mais presente, o do incentivo à perseguição de pessoas LGBTQI+, para que a pauta da falsa moral prevaleça entre os que se consideram mais normais do que os outros.

E todas as famílias têm gays, ou tem comunistas, ou têm negros ou conexões com amigos, colegas e vizinhos negros. As famílias têm diferentes que serão ainda mais caçados pelo bolsonarismo.

Já matam mulheres, gays e travestis cotidianamente, como parte da nossa realidade pré-Bolsonaro. O bolsonarismo faz o ataque oficial e institucionaliza e normaliza a agressão aos diferentes.

É o medo que volta para o Brasil junto com o sujeito que ficou acampado em Orlando durante 89 dias.

O medo até de ver o ministro Alexandre de Moraes sem forças para enfrentar quase sozinho a ira de Bolsonaro, dos filhos dele, dos milicianos.

Medo de ver que as reações ao fascismo estão sempre aquém das agressões que o fascismo perpetra.

O medo de não reagir e de ficar na dependência da capacidade de discernimento e de reação dos outros. Mas que outros são esses?

O fascismo ainda nos cerca e nos faz desconfiar até da nossa capacidade de enfrentar nossos próprios medos.

MOISÉS MENDES

INDIFERENTE MAS PROMOVENDO A MORTE
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