Tempos de revolução estão chegando
Este foi o lema que nós, militantes da *União da Juventude Revolucionária (UJR)* da Venezuela, pintamos em outubro de 1987.
A reação de muitas pessoas foi nos desqualificar porque éramos um bando de seguidores fanáticos pró-comunistas e marxistas-leninistas de modelos fracassados.
Em meio a tudo isso, desenvolvemos uma intensa atividade nas universidades e escolas de ensino médio da Venezuela, promovendo a rebeldia juvenil não apenas para lutar por nossos próprios interesses, mas também para tentar despertar um país preso ao populismo neoliberal, à alienação e à submissão ao imperialismo.
Unindo os jovens pela revolução
Por outro lado, a AD, com Carlos Andrés Pérez, preparava-se para vencer as eleições de 4 de dezembro de 1998. A AD e o COPEI formavam a dupla bipartidária do populismo, apoiada pelo imperialismo norte-americano.
O anúncio: *Tempos de revolução estão chegando*, não foi um capricho; foi uma resposta à análise da realidade econômica e social, que mostrou as tendências, a erosão e o aprofundamento das contradições entre os grupos de poder pró-burguesia e pró-imperialistas.
Alguém tinha que anunciar; a esperança revolucionária tinha que ser mantida, e o povo tinha que ser convocado a continuar o despertar demonstrado na Marcha de Mérida em 1987, onde o movimento universitário mostrou coragem e rebeldia ao lado do povo, para confrontar a injustiça.
Os eventos subsequentes se desenrolaram rapidamente: a intensificação dos protestos estudantis em todo o país, o despertar revolucionário nos colégios, a rebelião popular contra as políticas neoliberais de 1989 — uma rebelião brutalmente reprimida, causando uma profunda cisão nas fileiras das forças armadas patrióticas. Em seguida, vieram os levantes de 4 de fevereiro e 27 de novembro de 1992 e o triunfo do Comandante Chávez em 1998, ano que marca o início de uma nova fase nesse período revolucionário.
*Tempos de revolução estão chegando* Hoje, em 2025, abraçamos o fardo e o aprofundamento da revolução.
1
Porque precisamos acabar de enterrar o passado populista, pró-burguês e submisso aos gringos.
2
Porque precisamos derrotar e superar a mentalidade burocrática e corrupta de privilégio para os políticos, herdada da transição caótica.
3
Porque devemos reprimir o autoritarismo, o culto à personalidade e aos cargos, a bajulação e a submissão, pois essas não são práticas revolucionárias.
*Então...*
Estamos caminhando rumo à coletivização completa de todos os espaços, rumo à valorização da formação política e ideológica, da moral revolucionária, da honestidade e do pensamento crítico no debate cotidiano. Derrotemos o clientelismo, os desvios de grupos privilegiados, o populismo reformista e a chantagem excludente contra revolucionários dissidentes, que ainda assombra o poder revolucionário.
É agora ou nunca, vamos revolucionar nossa revolução bolivariana, socialista e chavista na Venezuela.
Gerardo Viloria Montilla.
07/11/2025
Canção da Juventude Comunista
(Komsomol Song) - Legendado/ARTE REVOLUCIONÁRIA