sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

13ª BIENAL DA UNE - UM RIO CHAMADO BRASIL * União Nacional dos Estudantes - UNE

13ª BIENAL DA UNE - UM RIO CHAMADO BRASIL
INSCRIÇÕES

TEM RIO PASSANDO PELA BIENAL

Atenção ao fluxo e aos ventos da navegação. O maior festival estudantil da América Latina já tem data e local definidos. A 13ª Bienal da UNE – Festival dos Estudantes acontecerá entre 2 e 5 de fevereiro de 2023 na cidade do Rio de Janeiro.

Embarque e siga a corrente das águas rumo a mais um grande encontro da juventude brasileira. A Bienal reúne arte, cultura, educação, ativismo, política, ciência e tecnologia com milhares de estudantes, do ensino médio à pós-graduação, de todas as regiões do país.

A Bienal da UNE deságua os sonhos e as lutas de uma geração que derrotou o fascismo nas eleições de 2022 e que agora quer imergir na reconexão profunda de um país com seu povo e sua natureza. Um festival para lavar o peito e beber da fonte de novos tempos para o Brasil e para a cultura nacional.

Juntas e juntos, chegaremos ao Rio para reconstruir um mapa da nossa hidrografia de afetos, lutas e criatividades para o próximo período. Um novo Brasil possível e incrível, navegável da nascente à foz e irrigado pela afluência da nossa diversidade. Tem Rio passando pela Bienal e nos vemos, em breve, no Rio!

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

INQUISIÇÃO NORTEAMERICANA * Pedro Marin - Revista Ópera

INQUISIÇÃO NORTEAMERICANA

Seis pontos sobre a onda de proibição de livros que varre as escolas públicas dos EUA

Nos EUA, obsessão por banir livros nas escolas avança com o apoio de organizações conservadoras – mas alunos se organizam para responder. Por Stephanie K | Liberation – Tradução de Pedro Marin para a Revista Opera
Nos últimos dois anos, um amplo movimento conservador contra livros que exponham temas relacionados à comunidade negra, LGBTQ, e outros setores oprimidos, tem crescido nos Estados Unidos. Apesar do trabalho de muitos sistemas regionais de educação pública para incluir uma maior diversidade de livros nas salas de aula e bibliotecas, a reação conservadora está em alta. O que está por trás dessa tendência?

1 – A proibição obsessiva de livros tem raízes na história recente dos EUA, mas sua ferocidade hoje é sem precedentes

A Associação de Bibliotecas Americanas (ALA) observou em um relatório recente que 2021 foi o ano com o maior aumento de objeção a livros, isto é, membros da comunidade se opondo à inclusão de um livro em uma biblioteca. Enquanto grupos religiosos conservadores e de direita há muito tempo vêm tentando censurar materiais disponíveis ao público, esse aumento drástico de objeções a livros representa um esforço concentrado e preocupante por parte de grupos reacionários para controlar o que os jovens podem aprender sobre raça, gênero e sexualidade. Enquanto em 2020 a ALA contou 156 casos de objeção a livros, 729 casos foram reportados em 2021.

Além disso, governos estaduais nos Estados Unidos aprovaram leis contra o ensino da Teoria Crítica Racial (TCR); ela agora se tornou uma expressão geral usada pela direita para abranger qualquer material educacional que destaque o racismo e a intolerância enraizados na história dos Estados Unidos. Em setembro, sete Estados baniram qualquer coisa considerada “Teoria Crítica Racial” das escolas públicas, e outros 16 Estados estão em processo de aprovar proibições similares.
2 – Grupos de pais, apoiados por organizações conservadoras bem financiadas, estão usando campanhas de proibição de livros em um esforço de mobilização das bases da extrema-direita

No Estado do Missouri, por exemplo, pais participaram de reuniões do conselho escolar em pelo menos quatro distritos diferentes sob a orientação de um autoproclamado “grupo de direitos dos pais” chamado No Left Turn (Não Vire à Esquerda, em tradução livre). O grupo tem ligações documentadas com os bilionários irmãos Koch, que promovem organizações anti-sindicais e contra a educação pública nos EUA.

Outro grupo promovendo proibições de livros é o “Mães para a Liberdade.” Este grupo é fortemente promovido por outro grupo conservador, o Pais em Defesa da Educação (Parents Defending Education), que tem ligações com o Cato Institute, um think tank fundado pelo bilionário de direita Charles Koch, de acordo com o The Guardian.

3 – Estes grupos reacionários argumentam que proibir livros é necessário para proteger as crianças

Como exemplo, a famosa Lei HB 1557 da Flórida, informalmente conhecida como “Lei Não Diga Gay”, proíbe professores de discutirem questões de orientação sexual e identidade de gênero com estudantes de qualquer idade nas salas de aula. O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou, antes de assinar a lei, que “vamos garantir que os pais possam enviar seus filhos para o jardim de infância sem que algumas dessas coisas sejam injetadas em parte do currículo escolar.”

É claro que o desejo de censurar os distritos escolares não tem nada a ver com a proteção das crianças. Se a preocupação com as crianças fosse central para esse movimento, ele se concentraria em realmente nutrir e cuidar das crianças – incluindo crianças LGBTQ e negras que precisam ver suas experiências e lutas refletidas e validadas nos livros que lêem.

4 – As tentativas de censura nas escolas públicas são parte de um esquema reacionário maior que busca destruir direitos democráticos conquistados nos últimos 50 anos por movimentos progressistas

A proibição de livros não está só baseada em racismo e homofobia: ela também é uma estratégia clara para reverter um movimento democrático que busca maior representação de vozes negras e de outras minorias na literatura e nos currículos escolares dos EUA.

As escolas públicas e as bibliotecas, como instituições democráticas, têm a responsabilidade de disponibilizar uma gama de conteúdos que afirmem e apoiem as diversas identidades dos jovens. Desde a era do Movimento dos direitos civis, há uma luta por maior representação da comunidade negra e outras comunidades oprimidas na literatura infantil e no material didático das escolas. A diversificação do currículo escolar e nas bibliotecas avançou após os protestos de 2020 contra a brutalidade policial e o racismo, à medida que diversos distritos escolares passaram a tratar a questão da inclusão de forma mais séria. Hoje, vemos a resposta racista e homofóbica a essa luta por representação.

5 – A proibição de livros e leis anti-Teoria Crítica Racial intimidam os educadores

Quando grupos e políticos trabalham para suplantar a avaliação e o conhecimento dos educadores sobre as necessidades dos alunos, professores e bibliotecários nas linhas de frente passam a arriscar seus trabalhos e salários caso continuem a fornecer conteúdos diversos, anti-racistas ou pró-LGBT. No Texas, onde uma lei anti-Teoria Crítica Racial foi aprovada, os distritos escolares obrigaram professores e bibliotecários a prestar contas pessoalmente de cada texto que usam, e verificam se os “especialistas” consideraram o texto adequado à idade.

Em resposta a essa demanda, a professora texana Emily Clay escreveu em suas redes sociais: “O que eu vou fazer? Eu já não tenho tempo suficiente no trabalho para fazer todas as coisas que requerem que eu faça. O que vou fazer é encaixotar cada um dos livros e deixá-los de lado. E todas as prateleiras [de livros] ficarão vazias. E eu não serei a única a guardar todos os meus livros: salas de aula em todo o Texas estarão sem bibliotecas por causa disso”.

6 – Apesar dos desafios, os alunos estão lutando contra as proibições de livros

No Distrito Escolar Central de York, na Pensilvânia, em 2020, um comitê de diversidade do distrito compilou uma lista de textos para os professores usarem em sala de aula após as revoltas pelo assassinato de George Floyd. No entanto, no ano seguinte, o conselho escolar de Central York votou para proibir o uso em sala de aula de todos os livros na lista.

Indignados, os estudantes começaram a se organizar contra a proibição dos livros, fazendo camisetas e criando cartazes para protestos matinais diários. Os alunos continuaram sua campanha para restabelecer o uso dos livros escrevendo cartas para os principais jornais e lendo trechos dos livros proibidos no Instagram. Eventualmente, os estudantes conquistaram tanto apoio ao redor do país que o conselho escolar foi forçado a reverter sua decisão.

Em Boise, no estado de Idaho, o estudante de Ensino Médio Shiva Rajbhandari conquistou uma cadeira no conselho escolar com uma candidatura feita sobre uma plataforma anti-proibição de livros, contra um candidato apoiado por grupos de extrema-direita.

domingo, 25 de dezembro de 2022

CONTRA OS CORTES NA EDUCAÇÃO * SINASEFE

CONTRA OS CORTES NA EDUCAÇÃO 
A LUTA CONTINUA

Diante dos novos cortes orçamentários na educação brasileira, o SINASEFE, e diversas entidades de luta, reforçam a mobilização e denúncia destes graves ataques, ocorridos em meio aos jogos do Brasil na Copa.

"O Governo Federal corta mais uma vez o dinheiro destinado à Educação. Dessa vez dizendo que seria para a construção de prédios, mas dentro desse corte tem dinheiro que está diretamente ligado ao funcionamento das universidades e dos institutos federais" explica Luisa Senna, secretária de inclusão e acessibilidade do SINASEFE.

A dirigente comenta ainda o chamado às mobilizações que estão marcadas ao redor do país. "As manifestações acontecem hoje (08/12) em todo país, confira o horário nas suas seções, no seu sindicato e vamos pra a luta!" reforçou.

sábado, 24 de dezembro de 2022

RATINHO JR MERECE O APELIDO * Deputado Tadeu Veneri - PT.PR

RATINHO JR MERECE O APELIDO


*O governador Ratinho Junior (PSD) não dá tréguas para a educação de qualidade no Paraná.*

_O mais recente ataque foi a exclusão das aulas de artes da matriz curricular dos oitavos e nono anos, as séries finais do ensino fundamental. É uma aberração, reagiu o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), que condenou mais este retrocesso do governo ao sistema público de ensino, estabelecido em portaria publicada pela Secretaria da Educação a poucos dias do final do ano._

O governo Bolsonaro está acabando, mas Ratinho Junior permanece seguindo firme a cartilha do seu aliado político para a educação. Militarização de escolas, privatização da gestão e achatamento salarial dos trabalhadores da área são a base do _“projeto”_ pedagógico do governador.

_“É indiscutível a importância da disciplina de artes para a formação dos estudantes. São aulas indispensáveis para o desenvolvimento de uma consciência crítica e de uma concepção integral do mundo. Certamente, isto não interessa ao modelo empresarial de educação que o governador está implantando no nosso Estado”,_ comentou.